01 maio 2012



Man-nino super-vadio que entre um e outro calafrio se esquenta na calçada e congela no meio-fio. No cio das ideias, inteiro se aguenta. Cheio de poesia, na versaria se arrebenta. Inventa uma nova casa a cada caso. A vida magra suporta, assim como de porta em porta se alimenta. Um cento na conta, quando saca é por acaso. Enquanto o mundo lhe parcela, o magrela pede um prazo. Seu canto, em breve há de ter. Mas um lar - aquele pra morar - só terá quando morrer.