04 outubro 2017


moro onde
a rima
faz a curva
numa vila de papel

durmo num
cool chão de prosa
e acordo
à beira do céu

esquivo a mente
com pasta de menta
bochecho vírgulas
aos montes

com fé:
um pingado
um refrão na chapa
e um suco de trocadilho
com ironia fresca

nu, almoço:
versando grelhado
lorotas fritas
e salada ditado
com sinapse crespa

à tarde, à beira-mar:
um pigarro de filtro
amarelo e água com paz

na má drogada
no bar:
Um drink de 'cór'
e salteado pink
hortelâminas punk
rouco zelo
entregue num
guarda-papo
escrito a gelo:

vaza!
estamos fechando...
o próximo poema
é por conta da asa!