11 janeiro 2011


Saudade devastadora. Já senti esta mesma falta, específica, algumas vezes. Teoricamente, por já tê-la sentido, por já conhecer causa e efeito, seu defeito deveria ter um conserto pra lá de sabido. Mas não. Parece que cada vez que a sinto é como se a mesma peça de uma engrenagem fosse novamente afetada e, por isso, começasse a perder sua função. E como se sabe, quando alguma peça para de funcionar, por menor e menos importante que ela seja, o que não é o caso, todo o mecanismo deixa de exercer seu papel. Existe sim a possibilidade de trocar a peça em desgaste por uma nova... já tentei. Mas pessoas não são peças. Uma história de vida não se compara a uma máquina. No mais, a saudade, esta sim, funciona como um anti-combustível. A saudade é uma espécie de ferrugem. E ao contrário do que se costuma fazer quando temos chance, dessa vez não tenho como matá-la. Portanto, a saudade permanecerá viva em meu coração e este, meu principal dispositivo, por ora se encontra morto... não bate, só apanha.